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Blefaroplastia: O que é, como é feita e quem pode fazer

Blefaroplastia: O que é, como é feita e quem pode fazer – Seu guia completo sobre plástica ocular

A busca por uma aparência mais rejuvenescida e um olhar vibrante é comum. Muitas vezes, a região dos olhos é a primeira a mostrar sinais de envelhecimento, como pálpebras caídas e bolsas. É aqui que a Plástica Ocular, ou Oculoplástica, entra em cena, com a Blefaroplastia se destacando como um dos procedimentos mais procurados. Mas o que exatamente é a Blefaroplastia? Quem pode fazer? Como é o procedimento? E quais os benefícios? Este guia completo vai responder a todas as suas perguntas, consolidando nossa autoridade no assunto e garantindo que você tenha todas as informações necessárias para tomar uma decisão informada.

O que é Blefaroplastia? Desvendando a cirurgia das pálpebras

A Blefaroplastia é um procedimento cirúrgico estético e funcional que visa corrigir excessos de pele, gordura e, em alguns casos, flacidez muscular nas pálpebras superiores e/ou inferiores. O termo “Plástica Ocular” abrange uma série de cirurgias que visam restaurar a estética e a função da região ao redor dos olhos. A Blefaroplastia é, sem dúvida, o carro-chefe dessa especialidade.

Por que a Blefaroplastia é tão procurada?

Com o envelhecimento, a pele das pálpebras perde elasticidade, os músculos enfraquecem e a gordura ao redor dos olhos pode se deslocar. Isso pode resultar em:

  • Pálpebras superiores caídas (dermatocálase): Dando um aspecto de cansaço ou tristeza, e em casos mais avançados, podendo até comprometer o campo de visão.
  • Bolsas sob os olhos: Acúmulo de gordura que confere um inchaço persistente.
  • Excesso de pele e rugas finas: Principalmente nas pálpebras inferiores, as famosas “rugas de expressão”.

A Blefaroplastia corrige esses problemas, proporcionando um olhar mais jovem, alerta e descansado, além de, em muitos casos, melhorar a função visual.

Quem pode fazer Blefaroplastia? Critérios e indicações

A Blefaroplastia é indicada para homens e mulheres que apresentam os sinais de envelhecimento nas pálpebras mencionados anteriormente. No entanto, existem critérios importantes a serem avaliados por um especialista em Oculoplástica:

  • Idade ideal
    Geralmente, o procedimento é realizado em pacientes a partir dos 35 anos, quando os sinais de envelhecimento começam a ser mais evidentes. Contudo, em casos onde há fatores genéticos que causem bolsas de gordura proeminentes em idades mais jovens, a cirurgia pode ser considerada.
  • Condições de saúde
    É fundamental que o paciente esteja em bom estado geral de saúde. Condições como glaucoma, olho seco grave, problemas de tireoide não controlados, diabetes e pressão alta precisam ser cuidadosamente avaliadas. Uma consulta pré-operatória completa com o cirurgião oftalmológico especialista em Plástica Ocular é indispensável para verificar a elegibilidade.
  • Expectativas realistas
    O paciente deve ter expectativas realistas sobre os resultados da cirurgia. A Blefaroplastia rejuvenesce o olhar, mas não interrompe o processo natural de envelhecimento.

Como é feita a Blefaroplastia? O passo a passo do procedimento

A Blefaroplastia é um procedimento cirúrgico relativamente rápido e pode ser realizada em regime ambulatorial, o que significa que o paciente geralmente recebe alta no mesmo dia.

  • Antes da cirurgia (pré-operatório)
    • Consulta com o especialista: O oftalmologista especialista em Plástica Ocular fará uma avaliação detalhada da saúde ocular, histórico médico e das expectativas do paciente. Serão solicitados exames de sangue e cardiológicos.
    • Orientações: O paciente receberá instruções sobre medicamentos a serem evitados (como aspirina), jejum e preparativos para o dia da cirurgia.
  • Durante a cirurgia (o procedimento)
    A Blefaroplastia pode ser realizada sob anestesia local com sedação ou anestesia geral, dependendo da complexidade do caso e da preferência do paciente e cirurgião.

    • Pálpebra superior: O cirurgião realiza uma incisão na dobra natural da pálpebra. Através desta incisão, o excesso de pele e gordura é removido. A incisão é então fechada com suturas finas, que ficam praticamente imperceptíveis após a cicatrização.
    • Pálpebra inferior: As opções incluem:
      • Incisão subciliar: Logo abaixo dos cílios, permite a remoção de excesso de pele e gordura.
      • Incisão transconjuntival: Feita na parte interna da pálpebra, ideal para remoção de bolsas de gordura sem cortes externos visíveis.
        Em ambos os casos, a gordura pode ser removida ou reposicionada para suavizar a transição entre a pálpebra e a bochecha.
  • Depois da cirurgia (pós-operatório)
    O pós-operatório é crucial para o sucesso da Blefaroplastia:

    • Repouso: É recomendado repouso relativo nos primeiros dias, evitando esforços físicos.
    • Compressas frias: Ajuda a diminuir o inchaço e os hematomas.
    • Medicação: Analgésicos e anti-inflamatórios podem ser prescritos para controlar qualquer desconforto.
    • Limpeza: Instruções específicas para a higiene da região.
    • Retirada de pontos: Geralmente ocorre entre 5 e 7 dias após a cirurgia.
    • Resultados: O inchaço inicial diminui em algumas semanas, e o resultado final pode ser observado após alguns meses, à medida que a cicatrização se completa.

Onde fazer Blefaroplastia? A importância do especialista em Plástica Ocular

A Blefaroplastia e outros procedimentos de Plástica Ocular devem ser realizados por um oftalmologista especializado em Oculoplástica. Este profissional possui o conhecimento aprofundado da anatomia ocular e periocular, garantindo não apenas um resultado estético superior, mas também a segurança da visão do paciente.

Como escolher o profissional certo?

  • Certificação e experiência: Verifique se o médico é um oftalmologista com especialização em Oculoplástica.
  • Histórico de sucesso: Pesquise por depoimentos de outros pacientes e veja fotos de antes e depois (sempre com o consentimento do paciente).
  • Infraestrutura da clínica: A cirurgia deve ser realizada em ambiente adequado, com todos os recursos necessários para a segurança do paciente.
  • Comunicação: Escolha um profissional que seja claro, paciente e que responda a todas as suas dúvidas.

Quanto custa a Blefaroplastia? Entendendo os Valores

O custo da Blefaroplastia pode variar significativamente dependendo de diversos fatores:

  • Complexidade do caso: Se a cirurgia envolve apenas pálpebra superior, inferior ou ambas, e se há necessidade de outras intervenções.
  • Honorários do cirurgião: A experiência e a reputação do oftalmologista especialista em Plástica Ocular influenciam o valor.
  • Local da cirurgia: Custos de hospital ou clínica.
  • Tipo de anestesia: O tipo de anestesia utilizada.
  • Exames pré-operatórios: Podem ou não estar incluídos no valor total.

É crucial que o paciente receba um orçamento detalhado após a consulta e avaliação individual. O foco deve ser na qualidade e segurança do procedimento, e não apenas no preço.

Quais os Benefícios da Blefaroplastia? Além da estética

Os benefícios da Blefaroplastia vão muito além da melhora estética:

  • Rejuvenescimento do olhar: Aspecto mais jovem, descansado e alerta.
  • Melhora do campo de visão: Em casos de pálpebras caídas que obstruem a visão.
  • Aumento da autoconfiança: A melhora na aparência pode impactar positivamente a autoestima do paciente.
  • Redução de rugas e linhas finas: Contribui para uma pele mais lisa na região periorbital.
  • Diminuição de bolsas: alívio do inchaço e aspecto de cansaço.
  • Resultados duradouros: Embora o envelhecimento continue, os resultados da Blefaroplastia são de longa duração.

Por que investir em Plástica Ocular com um especialista?

Investir na Plástica Ocular e, em particular, na Blefaroplastia, é investir na sua saúde visual e no seu bem-estar. Optar por um oftalmologista especialista em Oculoplástica garante que o procedimento seja feito com a máxima segurança e precisão, preservando a saúde dos seus olhos enquanto busca o resultado estético desejado. Não arrisque sua visão com profissionais não qualificados. Sua beleza e saúde merecem o melhor cuidado.

Se você tem mais dúvidas sobre a Blefaroplastia ou outros procedimentos de Plástica Ocular, ou gostaria de agendar uma consulta para uma avaliação personalizada, entre em contato. Estamos aqui para oferecer o cuidado especializado que seus olhos merecem.

Astigmatismo tem cura?

Astigmatismo tem cura? Entenda as opções de tratamento

O astigmatismo é uma das condições visuais mais comuns, gerando muitas dúvidas, e a principal delas é: “O astigmatismo tem cura?”

A resposta é que, embora o astigmatismo seja uma condição crônica (não é uma “doença” que se cura com medicamentos), é totalmente corrigível. Você pode eliminar a necessidade de usar óculos ou lentes de contato por meio de procedimentos médicos.

O tratamento do astigmatismo visa corrigir o formato irregular do seu olho, garantindo uma visão nítida.

O quê: entendendo o astigmatismo

O astigmatismo é um erro refrativo causado por uma falha na curvatura da córnea (a camada transparente na frente do olho) ou, menos frequentemente, do cristalino (a lente interna do olho).

  • Como deveria ser: A córnea ideal tem o formato esférico, como uma bola de basquete, focando a luz em um único ponto da retina.
  • Como é no astigmatismo: A córnea tem um formato oval ou irregular, como uma bola de futebol americano. Isso faz com que a luz se focalize em múltiplos pontos na retina.

Sintomas comuns: Essa falha no foco causa visão embaçada ou distorcida para qualquer distância (tanto de perto quanto de longe), além de fadiga ocular e dores de cabeça.

 As soluções de correção: tratamento e “cura funcional” 

Embora não haja uma “cura” natural ou por medicamentos, existem três formas principais de corrigir o astigmatismo, eliminando os sintomas:

Correção óptica (solução temporária e reversível)

  • Óculos: A forma mais comum de correção. As lentes dos óculos são fabricadas com curvaturas específicas para compensar a irregularidade da sua córnea, forçando a luz a focar corretamente na retina.
  • Lentes de Contato Tórcas: Lentes de contato especiais que possuem um desenho diferenciado para corrigir o astigmatismo, proporcionando uma visão mais ampla e sem a interferência da armação dos óculos.

Importante: A correção óptica é um tratamento eficaz, mas não cura o astigmatismo; apenas o compensa enquanto você usa a lente.

Cirurgia refrativa a laser (solução permanente)

A cirurgia a laser é o método mais popular para eliminar a dependência de óculos ou lentes. O laser atua diretamente na causa do problema: o formato da córnea.

  • O Que Faz: O laser de Excimer remodela a superfície da córnea, transformando o formato irregular (futebol americano) em um formato mais esférico (bola de basquete).
  • Principais Técnicas: As mais utilizadas são LASIK e PRK. Ambas são seguras e rápidas, proporcionando uma correção estável e duradoura.
  • Resultado: Após a cicatrização, a córnea permanentemente corrigida passa a focar a luz corretamente, e o astigmatismo é funcionalmente eliminado.

Implante de lentes (para casos graves ou associados à catarata)

Para pacientes com astigmatismo muito alto ou aqueles que desenvolveram catarata (opacificação do cristalino) com a idade, a melhor solução é o implante de lentes intraoculares:

  • Lentes Intraoculares Tórcas (LIOs): Durante a cirurgia de catarata (ou cirurgia refrativa com troca de lente), o cristalino natural é substituído por uma lente artificial que já possui o poder de correção do astigmatismo embutido.

Quem pode fazer a cirurgia e quando 

A decisão de realizar a cirurgia é tomada pelo oftalmologista especialista em refrativa após uma avaliação rigorosa.

  • Quem é candidato:
    • Pacientes com grau estável de astigmatismo há pelo menos um ano.
    • Pacientes que não possuem outras doenças oculares (como ceratocone ou glaucoma avançado).
    • Pessoas com idade geralmente acima de 18 a 21 anos.
  • Onde fazer: A cirurgia é realizada em clínicas ou hospitais oftalmológicos especializados, utilizando equipamentos de alta precisão.

O astigmatismo não é uma sentença. Embora a condição fundamental do seu olho não mude sem intervenção, as técnicas modernas de correção, especialmente a cirurgia refrativa a laser, oferecem a você a oportunidade de ter uma visão nítida e eliminar a dependência de auxílios visuais.

Se você busca essa “cura funcional”, a melhor recomendação é agendar uma consulta com um oftalmologista para realizar um mapeamento completo e discutir a viabilidade da cirurgia em seu caso específico.

Glaucoma cega rápido?

Glaucoma cega rápido? Entenda o tempo de progressão da doença ocular

O que é o glaucoma e por que ele é silencioso? 

O glaucoma é uma neuropatia óptica progressiva. O dano ocorre geralmente devido ao aumento da pressão intraocular (PIO), causada por um desequilíbrio entre a produção e a drenagem de um líquido dentro do olho (humor aquoso).

O tipo mais comum é o Glaucoma Primário de Ângulo Aberto (GPAA), conhecido como o “ladrão silencioso da visão”.

  • Onde ataca: Inicialmente, ele rouba a visão periférica (a visão dos lados).
  • O silêncio: O paciente não sente dor ou percebe a perda visual até que o dano ao nervo óptico esteja muito avançado, já afetando a visão central.

É por isso que o diagnóstico precoce é a chave: quanto antes detectarmos, mais visão podemos salvar. Estima-se que 70% dos portadores no Brasil sequer sabem que têm a doença.

Tipos de glaucoma e suas velocidades

O tempo de progressão é diferente para cada tipo:

  1. Glaucoma Primário de Ângulo Aberto (GPAA): Sem tratamento, pode levar de 10 a 15 anos para a cegueira total. Com tratamento adequado, a visão pode ser preservada por mais de 20 a 50 anos.
  2. Glaucoma Agudo de Ângulo Fechado: É uma emergência médica. Um pico súbito e severo da PIO pode causar perda visual permanente em questão de horas ou dias.
  3. Glaucoma de Pressão Normal (GPN): O dano ocorre com a PIO em níveis “normais”. O tratamento deve ser mais agressivo, visando reduzir a pressão para níveis muito baixos para garantir a estabilidade.

Como o médico mede a velocidade da perda visual? 

Seu oftalmologista não mede apenas a PIO. Utilizamos a Perimetria Automatizada (exame de campo visual) para quantificar a velocidade de progressão em decibéis por ano (dB/ano).

O objetivo fundamental do tratamento do glaucoma é atingir uma taxa de progressão próxima de zero, o que significa estabilidade.

  • Progressão Lenta/Estável: Taxas próximas de −0.02 a −0.07 dB/ano, que é semelhante ao envelhecimento natural e preserva a visão por décadas.
  • Progressão Moderada: Cerca de −0.5 dB/ano. Se não desacelerada, pode levar à cegueira em cerca de 13 anos.
  • Progressão Rápida/Catastrófica: Acima de −1.5 dB/ano. Esta taxa é perigosa e indica um alto risco de cegueira em poucos anos, exigindo intervenção imediata, muitas vezes cirúrgica.

Quem está mais em risco e por quê? 

O glaucoma não atinge todos da mesma forma. O risco de progressão mais rápida e cegueira é maior em:

  • Raça Afrodescendente/Negra: Possuem um risco significativamente maior de cegueira (6 a 8 vezes mais).
  • Idade Avançada: Pessoas acima de 40 anos.
  • Comorbidades: Pacientes com diabetes têm um risco aumentado.
  • Flutuação da PIO: A pressão pode atingir picos perigosos durante a noite. Se o oftalmologista ignorar essa flutuação circadiana da PIO, o dano continua ocorrendo mesmo sob tratamento diurno.
  • Adesão ao Tratamento: A falha em usar corretamente os colírios, seguir o tratamento a laser (SLT) ou realizar a cirurgia transforma um glaucoma de progressão lenta em um caso rápido. A falta de acesso a cuidados ou medicamentos, muitas vezes associada a fatores socioeconômicos, é um grande preditor da cegueira.

O tratamento é a defesa mais poderosa 

O avanço da oftalmologia nos permitiu reduzir o risco de cegueira relacionada ao glaucoma em quase 50% nas últimas décadas. O glaucoma é controlável, embora não tenha cura.

  1. Diagnóstico Precoce: Faça o rastreio oftalmológico completo anual ou bienal, especialmente se você tiver qualquer fator de risco.
  2. Meta de PIO: O tratamento (com colírios, laser ou cirurgia) visa atingir uma pressão-alvo que seja baixa o suficiente para parar a progressão da doença (taxa de ≈0 dB/ano).
  3. Adesão: A sua disciplina é vital. O uso contínuo e correto dos medicamentos é o que garante que a PIO se mantenha estável, evitando os picos de pressão que matam as células do nervo óptico.

Onde procurar ajuda: O diagnóstico e tratamento devem ser feitos com um Oftalmologista Especialista em Glaucoma. Somente ele poderá individualizar a meta de pressão, monitorar sua taxa de progressão em dB/ano e ajustar o tratamento de maneira rigorosa.

A cegueira funcional é caracterizada pela perda de campo visual, deixando a famosa “visão em túnel”. O nosso trabalho é garantir que você não chegue a esse ponto. A intervenção e a conscientização são a principal defesa contra a perda visual total, agende sua consulta conosco. 

 

Doenças oftalmologicas

Olhos saudáveis: As doenças oftalmológicas mais comuns e como prevenir

Cuidar da visão é essencial para a nossa qualidade de vida. Nossos olhos são órgãos complexos e, assim como qualquer parte do corpo, estão sujeitos a diversas condições. Entender as doenças oftalmológicas mais comuns, como elas se manifestam e, principalmente, como preveni-las é o primeiro passo para garantir que sua visão permaneça nítida por muitos anos.

1. As mais frequentes: erros de refração 

Os erros de refração não são tecnicamente “doenças” no sentido de patologias, mas sim falhas no modo como o olho foca a luz, sendo as condições visuais mais comuns no mundo.

  • Miopia: Dificuldade em enxergar objetos distantes. A imagem se forma antes da retina. O paciente enxerga bem de perto, mas tem a visão turva para longe.
  • Hipermetropia: Dificuldade em enxergar de perto. A imagem se forma depois da retina. Os pacientes jovens podem compensar, mas sentem dor de cabeça e cansaço visual.
  • Astigmatismo: Visão embaçada ou distorcida para qualquer distância. Ocorre porque a córnea tem um formato irregular, como uma bola de futebol americano, em vez de redonda como uma bola de basquete.
  • Presbiopia (Vista Cansada): A perda de foco para perto que ocorre naturalmente após os 40 anos. O cristalino perde sua elasticidade, dificultando a leitura.

Tratamento: A correção é simples e eficaz, geralmente feita com o uso de óculos, lentes de contato ou cirurgia refrativa.

2. As que roubam a visão silenciosamente 

Algumas doenças são traiçoeiras porque não causam dor ou sintomas perceptíveis até que o dano seja grave. O diagnóstico precoce é a única forma de evitar a perda visual permanente.

Glaucoma: o ladrão silencioso

  • O que é: Uma neuropatia óptica progressiva, onde o dano ao nervo óptico ocorre geralmente devido ao aumento da Pressão Intraocular (PIO).
  • Como age: Destrói lentamente a visão periférica (visão lateral) primeiro. O paciente só percebe que está perdendo a visão quando o dano já está muito avançado, resultando na temida “visão em túnel”.
  • Tratamento: É focado em reduzir a PIO (com colírios, laser ou cirurgia) para estabilizar a doença. A visão perdida é irreversível.

Catarata: o embaçamento comum

  • O que é: A opacificação do cristalino, a lente natural dentro do olho que, com o tempo, se torna turva.
  • Como age: Causa visão embaçada, cores desbotadas, dificuldade para dirigir à noite devido ao excesso de brilho das luzes (halos) e necessidade constante de trocar o grau dos óculos.
  • Tratamento: A única solução é a cirurgia de catarata, um procedimento seguro e rápido onde o cristalino opacificado é removido e substituído por uma lente intraocular artificial.

3. Condições Relacionadas à Idade e Diabetes 

O avanço da idade e algumas condições sistêmicas, como o diabetes, aumentam significativamente o risco de doenças oculares graves.

Degeneração macular relacionada à idade (DMRI)

  • O que é: Uma doença que afeta a mácula, a parte central da retina responsável pela visão detalhada e leitura. É a principal causa de cegueira em idosos nos países desenvolvidos.
  • Como age: Causa distorção da visão (linhas retas parecem onduladas) e uma mancha escura ou borrada no centro do campo de visão.
  • Tipos:
    • Seca (mais comum): Progressão lenta.
    • Úmida (mais grave): Crescimento de vasos sanguíneos anormais que vazam. Exige tratamento urgente com injeções intraoculares.

Retinopatia diabética (RD)

  • O que é: Complicação do diabetes causada por danos nos vasos sanguíneos da retina devido ao nível elevado e descontrolado de açúcar no sangue.
  • Como age: Os vasos sanguíneos vazam ou são bloqueados, causando inchaço na mácula e a formação de novos vasos anormais (proliferativos) que podem levar ao descolamento de retina.
  • Prevenção: O controle rigoroso da glicemia e da pressão arterial é a forma mais eficaz de prevenção.

4. Prevenção e rastreio: a chave para manter a visão 

Onde o diagnóstico e tratamento dessas doenças são feitos? Em primeiro lugar, no consultório do oftalmologista. A intervenção precoce é o que salva sua visão.

Doença Fator de Risco Principal Exame de Rastreio Essencial
Glaucoma Idade (> 40 anos), Histórico familiar, PIO alta. Exame de Fundo de Olho (avaliação do nervo óptico) e Tonometria (medição da PIO).
Catarata Idade (> 60 anos), Exposição solar, Diabetes. Exame com Lâmpada de Fenda (avaliação do cristalino).
DMRI Idade (> 50 anos), Tabagismo, Histórico familiar. Mapeamento de Retina (avaliação da mácula).
Retinopatia Diabética Diabetes mal controlado, Hipertensão. Mapeamento de Retina (anual ou semestral, dependendo do caso).

 

O exame oftalmológico completo anual ou bienal é a sua principal ferramenta de defesa. Se você tem mais de 40 anos, histórico familiar de glaucoma ou diabetes, a regularidade das consultas é inegociável.

Lembre-se: a maioria das doenças oftalmológicas graves não é perceptível na fase inicial. Somente um especialista pode identificar os sinais e agir antes que o dano se torne irreversível.

Qual dessas condições mais te preocupa, e quando foi a sua última visita ao oftalmologista

 

O impacto da tela na visão

O impacto do tempo de tela na visão: crianças e adultos

Em um mundo cada vez mais conectado, as telas de celulares, computadores e tablets se tornaram uma parte indispensável de nossas vidas, seja para trabalho, estudo ou lazer. No entanto, o aumento do tempo de tela tem levantado sérias preocupações sobre seus efeitos na saúde ocular. O que antes era um problema de nicho, hoje é uma questão de saúde pública que afeta desde crianças em idade escolar até adultos em plena carreira.

Neste artigo, vamos explorar o real impacto do tempo de tela na visão de diferentes faixas etárias, os riscos que ele apresenta e, mais importante, as estratégias práticas para mitigar esses efeitos.

O que acontece com nossos olhos na frente das telas?

Quando olhamos para uma tela, nosso sistema visual é submetido a um esforço intenso e prolongado. Diferente de olhar para objetos à distância, o foco constante em um ponto próximo por longos períodos pode causar o que chamamos de Síndrome da Visão de Computador ou Fadiga Ocular Digital.

Os principais sintomas dessa síndrome incluem:

  • Olhos secos e irritados: O número de piscadas por minuto diminui drasticamente quando estamos concentrados em uma tela, o que leva ao ressecamento da superfície ocular.
  • Visão embaçada: A dificuldade de focar para longe após um longo período de visão de perto é um sintoma comum.
  • Dor de cabeça: A tensão nos músculos oculares e a exposição à luz azul podem desencadear dores de cabeça.
  • Sensibilidade à luz: Os olhos podem ficar mais sensíveis à luz natural e artificial.

O impacto nas crianças: o aumento da miopia

O efeito do tempo de tela é particularmente preocupante para as crianças. O desenvolvimento da visão na infância é um período crítico, e o foco excessivo em objetos próximos, combinado com a falta de tempo ao ar livre, tem sido diretamente associado ao aumento global da miopia.

  • Por que isso acontece? Estudos indicam que o olho em desenvolvimento pode se adaptar ao foco constante de perto, crescendo em um formato mais longo. Esse alongamento é a principal causa da miopia, que faz com que a visão para longe se torne embaçada.
  • O papel da luz solar: A exposição à luz natural tem um efeito protetor contra a miopia. O tempo passado ao ar livre estimula a produção de dopamina na retina, o que ajuda a controlar o crescimento do olho.

A prevenção é a palavra-chave. É crucial que os pais incentivem o equilíbrio entre o tempo de tela e as atividades ao ar livre.

O impacto nos adultos: fadiga e olho seco

Para os adultos, que muitas vezes passam a maior parte do dia em frente a computadores por motivos de trabalho, os problemas mais comuns são a fadiga ocular e a síndrome do olho seco. Além disso, a exposição prolongada à luz azul emitida pelas telas pode causar desconforto e, em longo prazo, ser um fator de risco para a degeneração macular.

  • Luz azul: Embora a ciência ainda esteja estudando os efeitos a longo prazo, a luz azul tem uma frequência de onda mais curta e mais energia, o que pode causar um esforço adicional aos olhos.

A boa notícia é que, para os adultos, os danos geralmente não são permanentes. O desconforto e a fadiga tendem a desaparecer com o descanso dos olhos.

Estratégias práticas para proteger a visão

Não é realista pedir para as pessoas abandonarem as telas. A solução, então, é adotar hábitos saudáveis que minimizem os riscos.

  1. A Regra 20-20-20: Para cada 20 minutos olhando para uma tela, descanse os olhos por 20 segundos, olhando para um objeto a 20 pés de distância (cerca de 6 metros). Essa simples pausa relaxa os músculos oculares e ajuda a combater a fadiga ocular.
  2. Ajuste a Ergonomia: Posicione a tela a uma distância de 50 a 60 cm e um pouco abaixo da altura dos olhos. Ajuste o brilho e o contraste para que a tela não seja nem muito clara nem muito escura em relação ao ambiente.
  3. Lembre-se de piscar: A cada 20 segundos, faça 10 piscadas lentas e completas para lubrificar a superfície dos olhos e evitar o ressecamento.
  4. Use Filtro de Luz Azul: Configure o modo noturno do seu aparelho ou use óculos com filtro de luz azul para reduzir a exposição.
  5. Exames de Rotina: Visitas anuais ao oftalmologista são essenciais. O profissional pode diagnosticar e tratar precocemente problemas como a miopia, o astigmatismo ou a síndrome do olho seco, além de recomendar soluções personalizadas.

A tecnologia é uma ferramenta incrível, mas seu uso deve ser consciente. Ao adotar essas dicas para manter a saúde ocular, você garante que sua visão continue nítida e confortável, independentemente do tempo que você passe em frente às telas. Qual dessas dicas você vai começar a aplicar hoje?

E se você estiver sentindo algum desconforto, não deixe de agendar a sua consulta com um oftalmologista, fale conosco.

Os efeitos dos medicamentos na visão

Os efeitos dos medicamentos na visão: um guia para ficar atento

Você sabia que a caixa de primeiros socorros da sua casa pode conter medicamentos que, em algumas pessoas, podem causar efeitos colaterais nos olhos? Embora a maioria dos medicamentos seja segura e os efeitos colaterais visuais sejam raros, é fundamental estar ciente da sua existência e da importância de um acompanhamento médico.

Neste artigo, vamos abordar a relação entre alguns medicamentos populares e a saúde ocular, destacando a importância de se manter em contato com seu oftalmologista e, claro, com o médico que prescreveu o tratamento.

Ozempic e o risco de neuropatia óptica: o que a ciência diz?

Recentemente, tem havido um aumento na discussão sobre uma possível relação entre o uso de medicamentos como o Ozempic (semaglutida), muito utilizados para diabetes tipo 2 e perda de peso, e o risco de uma condição ocular rara e séria chamada Neuropatia Óptica Isquêmica Anterior Não-Arterítica (NOIA-NA).

  • O que é a NOIA-NA? É uma doença que causa danos ao nervo óptico devido à falta de fluxo sanguíneo, levando à perda de visão grave e, em alguns casos, permanente.
  • A relação com o Ozempic: Estudos recentes, especialmente na Dinamarca, sugerem um aumento do risco de NOIA-NA em pacientes que usam Ozempic. No entanto, é crucial ressaltar que a relação de causa e efeito ainda não está totalmente confirmada e que o aumento no risco absoluto é muito baixo. As autoridades de saúde, como a Anvisa, têm emitido alertas para que médicos e pacientes fiquem atentos.
  • O que fazer: Se você utiliza Ozempic e notar uma perda de visão súbita ou qualquer alteração visual, entre em contato com seu médico imediatamente. Apesar da possível associação, especialistas não recomendam a interrupção do tratamento sem orientação médica, pois os benefícios do medicamento para o controle da diabetes e a saúde cardiovascular são significativos.

Outros medicamentos e seus efeitos oculares

O Ozempic é um exemplo recente, mas diversos outros medicamentos de uso comum podem, em casos raros, causar alterações na visão.

  • Anticoncepcionais: Algumas pílulas anticoncepcionais podem levar à síndrome do olho seco devido a alterações hormonais. Os sintomas, como ardência e irritação, podem ser aliviados com colírios lubrificantes, mas é importante conversar com o ginecologista sobre a possibilidade de trocar o método contraceptivo.
  • Corticóides: O uso prolongado de medicamentos à base de cortisona, tanto em comprimidos quanto em colírios, pode aumentar o risco de desenvolver catarata e glaucoma. Por isso, o uso deve ser monitorado de perto pelo médico, especialmente em idosos e crianças.
  • Antidepressivos: Alguns antidepressivos, como a fluoxetina, podem estar associados a problemas na retina e ao aumento da opacidade do cristalino, levando à catarata.
  • Antibióticos: Certos antibióticos podem causar efeitos colaterais temporários, como visão embaçada, sensibilidade à luz (fotofobia) e ardência nos olhos.
  • Medicamentos para Impotência Sexual: O uso de inibidores da fosfodiesterase-5 (como sildenafil) pode causar efeitos temporários na visão, como visão turva e uma percepção alterada das cores (visão azulada), que geralmente desaparecem após algumas horas.

Prevenção e acompanhamento: o papel do paciente e do oftalmologista

A melhor forma de se proteger de possíveis efeitos colaterais é a informação e a comunicação aberta com seus médicos.

  • Informe seu Oftalmologista: Sempre que for a uma consulta oftalmológica, informe ao médico todos os medicamentos que você está tomando, mesmo que sejam de uso esporádico. Isso inclui vitaminas, suplementos e remédios sem receita.
  • Fique atento aos Sinais: Conheça seu corpo. Se você notar qualquer alteração visual, por menor que seja, como visão embaçada, moscas volantes ou perda de visão súbita, procure ajuda médica imediatamente.
  • Não se Automedique: O uso de colírios sem prescrição pode ser perigoso, especialmente para pessoas com glaucoma, pois alguns colírios comuns podem aumentar a pressão intraocular.

A saúde ocular está diretamente ligada à sua saúde geral. O cuidado em longo prazo é crucial para evitar danos e doenças. Lembre-se, a decisão de tomar ou suspender qualquer medicamento deve ser feita apenas após a avaliação de um profissional. Mantenha seus exames em dia e converse com seu médico para garantir o melhor cuidado possível para a sua visão, agende sua consulta na Oftalmocenter.

 

Ler no escuro causa miopia?

Ler no escuro causa miopia? Desvendando o mito da vovó.

Você já ouviu sua mãe ou sua avó dizerem “não leia no escuro que você vai estragar a sua visão”? Essa é uma das frases mais clássicas e persistentes quando o assunto é saúde ocular. A crença de que a leitura em ambientes com pouca luz pode causar miopia é tão comum que muitas pessoas a consideram uma verdade absoluta. Mas será que isso é realmente verdade?

Como especialista em oftalmologia, estou aqui para desvendar esse mito de uma vez por todas e explicar o que realmente acontece com os seus olhos quando a iluminação não é adequada.

O mito por trás da história

A ideia de que ler no escuro prejudica a visão vem, em grande parte, da lógica de que forçar os olhos em condições difíceis causaria um dano permanente. No passado, acreditava-se que o esforço visual excessivo poderia, de alguma forma, deformar o olho e levar à miopia, uma condição em que o olho se alonga e a visão para longe se torna embaçada.

A preocupação é compreensível, mas a ciência nos mostra que o processo é um pouco diferente.

A verdade: fadiga ocular, não dano permanente

A boa notícia é que ler em um ambiente com pouca luz não causa danos permanentes aos olhos nem leva ao desenvolvimento de miopia ou outros erros de refração. Você não vai “estragar” a sua visão por ler um livro com a luz do abajur.

O que realmente acontece é a fadiga ocular. Para entender por que isso ocorre, vamos pensar em como o nosso olho funciona:

  1. Dilatação da Pupila: Em um ambiente escuro, a pupila (a parte preta do olho) se dilata para permitir a entrada de mais luz. Isso faz com que a imagem se torne um pouco menos nítida e exige um esforço maior do olho para focar.
  2. Trabalho Muscular: Para focar de perto, os músculos ciliares dentro do olho se contraem. Em pouca luz, eles precisam trabalhar mais para manter o foco, o que pode levar ao cansaço visual.
  3. Piscar Menos: Quando estamos concentrados na leitura, tendemos a piscar menos, o que resseca a superfície do olho e pode causar ardência nos olhos e desconforto.

O resultado desse esforço extra e da falta de lubrificação são sintomas temporários, como dor de cabeça, visão borrada momentânea e a sensação de olhos cansados. Esses sintomas desaparecem assim que você para de ler e seus olhos relaxam.

A importância da iluminação adequada

Embora ler no escuro não seja o vilão que a cultura popular diz, a iluminação adequada é sua grande aliada. Uma boa luz, seja natural ou artificial, não apenas previne a fadiga ocular, mas também torna a experiência de leitura muito mais confortável.

O ideal é ter uma luz direcionada para a página do livro, sem que ela cause reflexos. A iluminação geral do ambiente também deve ser suficiente para evitar um grande contraste entre o que você está lendo e o que está ao seu redor.

E o que causa a miopia, afinal?

Se ler no escuro não é o culpado, o que, então, causa o aumento alarmante de casos de miopia em crianças e adolescentes?

A ciência aponta para uma combinação de fatores genéticos e, principalmente, ambientais. Os principais vilões são:

  • Tempo de Tela: O uso excessivo de celulares, tablets e computadores, que forçam o foco de perto por longos períodos, tem sido associado ao aumento da miopia.
  • Pouco Tempo ao Ar Livre: Estudos mostram que passar tempo sob a luz natural do sol tem um efeito protetor contra o desenvolvimento da miopia. O tempo gasto ao ar livre, longe das telas, é crucial para a saúde visual das crianças.

Deixe o mito de lado e foque no que realmente importa

É hora de deixar a culpa de lado e abandonar o mito de que ler no escuro vai prejudicar sua visão. Em vez disso, concentre-se no que realmente importa: adotar hábitos saudáveis para os seus olhos.

Se você ou seu filho sentem fadiga ocular com frequência, dor de cabeça ou notam que a visão para longe está embaçada, o melhor a fazer é agendar uma consulta com um oftalmologista. O diagnóstico preciso e a orientação profissional são as ferramentas mais poderosas para proteger a sua visão a longo prazo.

Lembre-se: o cuidado com a saúde ocular é um investimento para a vida toda.

Retinoplastia diabética

O que é a retinopatia diabética e por que o diabético precisa de um cuidado especial com os olhos

O diabetes é uma doença crônica que exige cuidados em várias frentes, e a saúde ocular é uma das mais importantes. Muitas pessoas com diabetes focam no controle da glicemia, na dieta e nos exercícios, mas esquecem que a doença também pode afetar a visão de forma silenciosa e devastadora. A retinopatia diabética é a principal causa de cegueira entre adultos em idade produtiva e é uma das complicações mais sérias do diabetes.

Neste artigo, vamos explicar o que é a retinopatia diabética, por que o controle do diabetes é crucial para a saúde dos seus olhos e quais medidas você pode tomar para prevenir e tratar essa condição. A informação é a sua melhor ferramenta de defesa contra a perda de visão.

O que é retinopatia diabética?

A retinopatia diabética é uma doença que danifica os vasos sanguíneos da retina, a camada de tecido sensível à luz que fica no fundo do olho. A retina é essencial para a visão, pois transforma a luz em sinais nervosos que o cérebro interpreta como imagens.

Quando os níveis de açúcar no sangue (glicemia) permanecem altos por muito tempo, os pequenos vasos sanguíneos da retina são danificados. Eles podem vazar fluidos, proteínas e gorduras, causando inchaço na retina. Com o tempo, esses vasos danificados se fecham, e o corpo tenta criar novos vasos sanguíneos para compensar. No entanto, esses novos vasos são frágeis, propensos a sangramentos e podem formar tecido fibroso que puxa e danifica a retina, levando ao descolamento de retina e à cegueira.

O grande perigo da retinopatia diabética é que, em seus estágios iniciais, ela não apresenta sintomas. A perda de visão acontece de forma gradual e só se torna perceptível quando o problema já está em um estágio avançado.

Por que o diabético precisa de um cuidado especial?

Qualquer pessoa com diabetes tipo 1 ou tipo 2 pode desenvolver retinopatia diabética. A duração da doença e o controle glicêmico são os principais fatores de risco. Quanto mais tempo uma pessoa tem diabetes e quanto pior for o controle da glicemia, maior é a chance de desenvolver a doença e de que ela progrida rapidamente.

O monitoramento e o controle do diabetes, portanto, são a primeira e mais importante linha de defesa. A saúde ocular e o controle do diabetes andam de mãos dadas.

Outros fatores que aumentam o risco incluem:

  • Hipertensão arterial (pressão alta).
  • Níveis elevados de colesterol.
  • Gravidez.

Prevenção e diagnóstico precoce: A chave para a visão

Como a retinopatia diabética é silenciosa, o diagnóstico precoce é a única forma de garantir um tratamento eficaz. É por isso que todo diabético deve realizar um exame oftalmológico completo, com dilatação da pupila, pelo menos uma vez por ano. Se a doença já tiver sido diagnosticada, a frequência dos exames deve ser maior, conforme a orientação do oftalmologista.

O exame de rotina, que inclui o exame de fundo de olho, permite que o médico avalie a retina em busca de sinais de danos, como pequenos sangramentos, inchaço (edema macular) ou o desenvolvimento de novos vasos sanguíneos.

Tratamentos modernos para a retinopatia diabética

Uma vez diagnosticada, a retinopatia diabética pode ser tratada para evitar que a perda de visão avance. As opções de tratamento variam de acordo com o estágio da doença:

  • Controle Glicêmico e da Pressão Arterial: Em estágios iniciais, a primeira recomendação é intensificar o controle do açúcar no sangue e da pressão arterial. Isso pode, muitas vezes, retardar ou até mesmo interromper a progressão da doença.

  • Terapia a Laser (Fotocoagulação): Para os casos mais avançados, o tratamento a laser pode selar os vasos sanguíneos com vazamento e destruir os vasos anormais, evitando que eles cresçam e causem mais danos.

  • Injeções Intraoculares: Medicamentos anti-VEGF são injetados diretamente no olho para reduzir o inchaço da retina e impedir o crescimento dos vasos sanguíneos anormais. Este é um dos tratamentos mais modernos e eficazes, especialmente para o edema macular.

  • Cirurgia de Vitrectomia: Em casos graves, como sangramentos extensos ou descolamento de retina, a cirurgia pode ser necessária para remover o sangue e o tecido cicatricial que puxa a retina.

Não negligencie sua visão

Viver com diabetes exige uma rotina de cuidados, e o acompanhamento oftalmológico é uma parte essencial dela. A retinopatia diabética pode ser evitada ou, se diagnosticada a tempo, tratada com sucesso.

Não espere ter sintomas como visão borrada ou “moscas volantes” para procurar um especialista. Faça do exame oftalmológico anual uma prioridade. Ao manter o controle rigoroso da glicemia e fazer as consultas de rotina, você está dando um passo fundamental para preservar sua visão e sua qualidade de vida por muitos anos.

Você já fez seu exame oftalmológico este ano? Se não, agende sua consulta e cuide da sua visão.

 

OCT Topcon Maestro

Aquisição do novo Tomógrafo de Coerência Óptica (OCT) – Tecnologia de ponta para avaliações mais precisas

O que é o OCT da Topcon?

O Tomógrafo de Coerência Óptica, ou simplesmente OCT, é um exame de imagem não invasivo que funciona de forma semelhante a um ultrassom, mas em vez de ondas sonoras, ele usa feixes de luz para criar imagens detalhadas e de alta resolução das estruturas internas do olho.

Para que ele serve? Ele nos permite visualizar e analisar as camadas da retina, o nervo óptico e a mácula com uma precisão microscópica. Isso é fundamental para identificar alterações que seriam invisíveis em exames convencionais.

Por que essa tecnologia é crucial?

A precisão do diagnóstico é o primeiro passo para um tratamento eficaz. O novo OCT da Topcon nos oferece uma riqueza de detalhes inigualável, o que é vital para o manejo de duas das doenças oculares mais sérias: o glaucoma e as doenças da retina.

Onde essa precisão faz a diferença?

  • Prevenção e controle do glaucoma: O glaucoma é conhecido como o “ladrão silencioso da visão” porque, na maioria das vezes, não apresenta sintomas nas fases iniciais. O OCT é a ferramenta mais poderosa para detectar o dano nas fibras nervosas do nervo óptico — um dos primeiros sinais da doença — antes mesmo que a perda de visão ocorra. Com o novo aparelho, podemos fazer essa detecção precoce de forma ainda mais rápida e precisa, permitindo um tratamento imediato e eficaz para frear a progressão da doença.
  • Avaliação de doenças da retina: Para condições como a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), o edema macular ou a retinopatia diabética, o OCT nos permite mapear e quantificar o inchaço e a espessura da retina. Isso é essencial para monitorar a resposta ao tratamento e ajustar a terapia conforme a necessidade.

 

Como o novo OCT da Topcon funciona?

Como essa tecnologia se destaca? O novo OCT da Topcon é equipado com uma velocidade de varredura excepcional e uma resolução de imagem superior. Ele usa um laser de varça de 1050nm para criar imagens de corte transversal da retina e do nervo óptico com alta definição.

As principais vantagens que essa tecnologia oferece são:

  • Mapas 3D da retina e do nervo óptico: O aparelho gera mapas tridimensionais, que nos permitem analisar as camadas oculares de forma aprofundada, identificando pequenas lesões ou afinamentos de camadas que poderiam passar despercebidos.
  • Análise quantitativa: Ele mede a espessura de cada camada da retina e das fibras nervosas, comparando os dados com um banco de dados de olhos saudáveis. Essa análise quantitativa é um dos recursos mais valiosos para monitorar a progressão de doenças ao longo do tempo.
  • Capacidade de rastreamento: O sistema possui um recurso de rastreamento ocular que compensa os movimentos involuntários do paciente, garantindo imagens de alta qualidade e precisão, mesmo em pessoas com dificuldade de fixar o olhar.

 

Quem se beneficia da tecnologia OCT?

Qual paciente é o principal beneficiado? Qualquer pessoa que faça um exame oftalmológico de rotina pode ter sua saúde ocular monitorada pelo OCT, mas ele é particularmente importante para:

  • Pessoas com histórico familiar de glaucoma: A detecção precoce é a chave para a prevenção da perda de visão.
  • Pacientes diabéticos: O monitoramento regular da retina é essencial para a prevenção da retinopatia diabética.
  • Indivíduos com mais de 50 anos: Principalmente aqueles com risco de desenvolver DMRI ou outras doenças maculares.
  • Pacientes que apresentam sintomas visuais como distorção de imagem ou visão embaçada: O OCT ajuda a identificar a causa do problema de forma rápida e precisa.

Quando realizar o exame de OCT?

A indicação para o exame de OCT é feita pelo médico oftalmologista após a avaliação clínica. Geralmente, ele é parte do acompanhamento de doenças como glaucoma, retinopatia diabética, oclusões vasculares da retina e degeneração macular. O exame é rápido, indolor e não exige preparo especial, tornando-o acessível e confortável para o paciente.

A chegada do OCT da Topcon reforça nosso compromisso com o que há de mais avançado em diagnóstico e tratamento ocular. A tecnologia não substitui a experiência e o cuidado do profissional, mas é uma ferramenta poderosa que nos permite proteger a visão dos nossos pacientes com a máxima precisão e confiabilidade. Se você tem dúvidas sobre sua saúde ocular, ou se acredita que pode se beneficiar do exame de OCT, agende uma consulta. Estamos aqui para cuidar da sua visão com o que há de melhor.

 

Degeneração Macular relacionada a idade

Degeneração macular relacionada à idade (DMRI): Como prevenir e lidar com a perda da visão central

A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) é uma das principais causas de perda de visão em pessoas com mais de 50 anos, afetando a parte central da retina, a mácula. Essa região é responsável por nossa visão de alta resolução, essencial para atividades como ler, reconhecer rostos e dirigir.

Muitas pessoas não conhecem a DMRI até que os primeiros sintomas se manifestem. Por isso, a informação e a prevenção são as nossas melhores ferramentas. Neste guia, vamos desvendar o que é a DMRI, quais são os seus fatores de risco, como preveni-la e quais os tratamentos disponíveis para lidar com essa condição. Proteger sua visão central é fundamental para manter sua independência e qualidade de vida.

O que é DMRI e como ela afeta seus olhos?

A mácula é uma pequena parte da retina, localizada no fundo do olho. Ela é densa em fotorreceptores e é responsável pela nossa capacidade de enxergar cores e detalhes finos. A DMRI causa um dano progressivo na mácula, o que leva à perda da visão central.

Existem dois tipos principais de DMRI:

  • DMRI Seca: É a forma mais comum e menos grave. Caracteriza-se pelo acúmulo de pequenas proteínas, chamadas drusas, sob a retina. A visão se perde de forma gradual.
  • DMRI Úmida: É a forma mais rara, mas também a mais agressiva. Ela acontece quando vasos sanguíneos anormais crescem sob a retina. Esses vasos podem vazar sangue e fluido, danificando rapidamente a mácula e causando uma perda de visão mais repentina e severa.

Fatores de risco: Quem precisa ficar mais atento?

Embora a DMRI esteja fortemente ligada ao envelhecimento, o estilo de vida tem um papel crucial. Conhecer os fatores de risco é o primeiro passo para a prevenção.

  • Idade: O risco de DMRI aumenta significativamente após os 50 anos.
  • Genética: Ter um histórico familiar de DMRI aumenta suas chances de desenvolver a doença.
  • Tabagismo: O fumo é um dos principais fatores de risco modificáveis. Fumantes têm uma probabilidade muito maior de desenvolver a doença.
  • Exposição ao Sol: A exposição prolongada aos raios UV, sem a devida proteção, pode contribuir para o dano macular ao longo do tempo.
  • Nutrição: Uma dieta pobre em antioxidantes, vitaminas e minerais essenciais para a saúde ocular também pode aumentar o risco.

Estratégias para prevenir e desacelerar a DMRI

A prevenção é a melhor arma contra a DMRI. Adotar hábitos saudáveis e ter o acompanhamento de um profissional pode fazer uma grande diferença.

1. Alimentação e suplementação

Uma dieta balanceada e rica em nutrientes é fundamental. Inclua alimentos com alto teor de:

  • Antioxidantes (Vitaminas C e E): Laranjas, pimentões, nozes e sementes.
  • Ômega-3: Salmão, sardinha e sementes de chia.
  • Luteína e Zeaxantina: Espinafre, couve, brócolis e ovos.

Se a sua dieta for deficiente, seu oftalmologista pode recomendar suplementos específicos, como os suplementos AREDS 2, que demonstraram eficácia na desaceleração da DMRI em estágios intermediários.

2. Proteção solar

Use óculos de sol com 99% a 100% de proteção UV sempre que estiver ao ar livre, mesmo em dias nublados. Além de proteger contra os raios UV, eles também ajudam a filtrar a luz azul nociva.

3. Exames de rotina

Como a DMRI pode ser assintomática no início, o diagnóstico precoce é crucial. Pessoas com mais de 50 anos, especialmente aquelas com fatores de risco, devem realizar um exame oftalmológico anual. O oftalmologista fará um exame de fundo de olho detalhado para avaliar a mácula e procurar por sinais da doença.

 

Tratamentos para DMRI: Opções para lidar com a doença

Infelizmente, ainda não existe uma cura para a DMRI, mas o tratamento pode estabilizar a visão e, em alguns casos, até melhorá-la, especialmente na forma úmida.

  • Para DMRI seca: No momento, não há um tratamento para reverter a DMRI seca. O foco é na prevenção e na desaceleração da progressão com suplementos nutricionais e mudanças no estilo de vida.

  • Para DMRI úmida: A principal forma de tratamento são as injeções intraoculares. Medicamentos específicos, chamados anti-VEGF, são injetados diretamente no olho para inibir o crescimento dos vasos sanguíneos anormais, interrompendo o sangramento e o vazamento. Esse tratamento pode ser altamente eficaz se iniciado precocemente.

O Teste de Amsler: Uma ferramenta de monitoramento em casa

Se você tem DMRI ou está em um grupo de risco, seu oftalmologista pode recomendar que você use o Teste de Amsler em casa. É um teste simples que consiste em uma grade quadriculada. Ao olhar para o centro da grade com cada olho separadamente, você pode detectar distorções ou linhas embaçadas, que são sinais de alerta de que a doença pode estar progredindo.

A Degeneração Macular Relacionada à Idade é uma condição séria, mas não precisa ser uma sentença. Com a devida atenção à prevenção e ao acompanhamento médico, é possível preservar a sua visão central por muitos anos. Converse com seu oftalmologista para um plano de cuidados personalizado, agende sua consulta.

 

 

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